Jairo Jorge (PSD), diz que metade da cidade foi invadida pelas águas e que dois terços dos habitantes da cidade tiveram que ser evacuados. Mauro Sparta, secretário de Saúde, disse acreditar que “no que se refere a aparelhos , instrumentos, máquinas e computadores, a perda será total”.
Cerca de 70 mil casas na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, estão submersas após a inundação histórica que atingiu o estado. O prefeito Jairo Jorge (PSD) disse que o Hospital Pronto Socorro de Canoas “está perdido”. A unidade precisou ser evacuada e os pacientes foram transferidos.
Procurado pelo blog, Mauro Sparta, secretário de Saúde de Canoas, disse acreditar que todos os aparelhos e instrumentos do hospital terão perda total. “Raio X, tomógrafo, sala de cirurgia, isso tudo sofrerá consequências grandes pelo tempo que ficaram sob as águas. Nós vamos ter que fazer uma recomposição de tudo depois.”
O prefeito diz que metade da cidade foi invadida pelas águas e que dois terços dos habitantes da cidade tiveram que ser evacuados.
“Só para ter uma dimensão da tragédia, nós temos 347 mil habitantes, metade da cidade foi invadida pelas águas, 70 mil casas estão submersas, as pessoas perderam tudo, são 153 mil pessoas que tiveram que sair, foram evacuadas”, disse em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.
O prefeito também afirma que há, atualmente, 19 mil pessoas em 79 abrigos e 80 mil pessoas em casas de parentes e de amigos.
“As pessoas estão com 30 a 40 pessoas dentro de uma casa que, normalmente, tem 5 ou 6 pessoas. Só para se ter ideia, temos cerca de 7.735 casas que têm até 30 pessoas”, disse.
Unidades de saúde e escolas
As perdas da cidade de Canoas afetaram profundamente tanto a infraestrutura de saúde quanto a de educação.
Das 27 unidades básicas de saúde (UBS), 19 foram perdidas. Um hospital de pronto-socorro, 3 das 4 unidades de pronto atendimento (UPAs) e 4 centros de apoio psicossocial foram perdidos.
Hospital de Pronto Socorro de Canoas alagado — Foto: Reprodução/TV Globo
A inundação causou a perda de 19 dessas unidades básicas, além de 1 hospital, 3 UPAs e todos os centros de apoio psicossocial, totalizando 27 estruturas de saúde comprometidas, além do Hospital Pronto Socorro de Canoas, que está debaixo d’água.
Esta perda representa 75% das instalações de saúde mencionadas, demonstrando um impacto severo na capacidade de atendimento médico.
A infraestrutura educacional também foi duramente atingida. Quase metade das instituições educacionais foi afetada. Das 83 escolas da cidade, 41 foram perdidas, segundo o prefeito.
Segunda a prefeitura, a dimensão da perda de estruturas da cidade será avaliada após a água abaixar.